segunda-feira, 2 de julho de 2007

Levantamento de Campo Participativo no Açucará 29/06/2007

O Diagnóstico Socio-Ambiental Participativo do Bairro do Açucará foi realizado no dia 29 de junho de 2007. O trabalho foi coordenado pelo geógrafo e consultor do Projeto Açucará Francisco HONDA e contou com a participação do Professor Wilson Pereira da Secretaria do Meio Ambiente de Osasco, dos Guardas Civis Municipais Wagner Salles e Celso Costa e dos moradores e lideranças locais como Luciano Antônio da Silva, "Seu Adão" antigo morador, 46 anos de Açucará e ambientalista local, "Dona" Cecília dos Santos, 22 anos no Açucará e defensora da melhoria das condições básicas no bairro e "Dona" Eulina Portal, 24 anos no Açucará.

Equipe de campo inicial para coleta de dados e informações do bairro Açucará. A Igreja Divino Espírito Santo é um ponto de encontro e é usado como área de reuniões para a comunidade local.



O trabalho de levantamento percorreu toda a área de ocupação do Bairro do Açucará, tendo início na Rua da Assembléia, seguindo em direção a Rua do Açucará. A medida que a equipe caminhava em meio aos acessos do bairro, o grupo de trabalho foi aumentando e muitos moradores juntaram-se a equipe no levantamento das informações e identificação dos processos de uso e ocupação da área.



Mesmo em áreas de difícil acesso, os moradores locais fizeram questão de estarem presentes no registro de nascentes e na identificação de áreas prioritárias para a conservação. Antigas histórias, lendas e "causos" deram ao trabalho de campo uma riqueza de informações e identidade com o local, além do desejo comum a todos os integrantes de conservação e revitalização da área do Açucará.


Rua da Mina, acesso leva o nome por ainda guardar uma nascente de considerável vazão. Todo o fluxo da nascente escoa em meio aos "barracos" e entre quintais recebendo todo o esgoto in natura das ocupações.


A ocupação no bairro do Açucará cresce a cada semana e onde antes havia remanescentes de Mata Atlântica, nascentes... hoje dá espaço a mais e mais "barracos" em péssimas condições de estruturas e segurança.





Recentemente houveram registros de deslizamentos de terras nas encostas dos morros do Açucará; processo este desencadeado pela ocupação irregular das vertentes, desmatamento da cobertura vegetal de áreas com acentuado declive e descarte de lixo.
Com as chuvas, a dinâmica de escoamento superficial acaba por atingir áreas vulneráveis e fragilizadas devido a falta de estruturação do solo por ausência de cobertura vegetal e sistemas de fixação do solo.



O processo desordenado de uso e
ocupação do Bairro Açucará se deu forma aleatória, onde topo de morro e fundo de vale foram ocupados a medida que novos ocupantes foram chegando e estabelecendo as estruturas básicas para instalação dos "barracos" como água e energia elétrica. A coleta de lixo se dá em uma única caçamba para todo o bairro 3 vezes por semana.





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